"Amigo é quem te dá um pedacinho do chão, quando é de terra firme que você precisa, ou um pedacinho do céu, se é o sonho que te faz falta...É aquele que entende seu desejo de voar, de sumir devagar, a angústia pela compreensão dos acontecimentos, a sede pelo "por vir"...É o sol que seca suas lágrimas, é a polpa que adocica ainda mais seu sorriso..."
E o chimarrão foi marcado para colocar a conversa em dia, os pingos nos "is", tocar na ferida e falar da saudade. Mesmo que nenhum dos três tenha falado, foram 3 anos de saudade. Saudade das coisas que não foram feitas juntos.
O chimarrão acabou não saindo, foi só um pretexto para a longa conversa que selaria de novo a velha amizade. E não tinhamos tempo para sorver o amargo da cuia, era muito á se falar. Foram 5 ou 6 horas seguidas de conversa olhos nos olhos.
Acho que de tudo que aconteceu, percebemos (uma pena que tenha demorado tanto) que a amizade que havia entre nós valia muito mais que o grande mal entendido que ocorreu.
Mas na época, todos estavam magoados, envenenados, orgulhosos demais pra dar o braço a torcer.
Hoje percebemos o quanto fomos tolos, afinal de contas, não houve briga, nem xingamento, nem ofensas...só o afastamento, que com certeza machucou os três, mesmo que no início a gente não tenha percebido isso.
Dizem que o que está no nosso passado têm motivos para não estar no nosso presente, e até acredito que seja verdade, mas também acredito que certas coisas valem a pena serem resgatadas.
Amigos brigam, é verdade, mas nunca deixam de ser amigos!
Que a gente nunca mais esqueça disso, em momento algum da nossa vida, porque amizade de verdade o tempo não apaga.
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