quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Algumas coisas ainda tem seu valor!

Estava eu dando uma passeada pela net quando vi esse texto, interessante pra mim, porque na realidade eu já queria escrever sobre o assunto.
diz, mais ou menos assim:

"Na hora de cantar todo mundo enche o peito nas boates, nos bares, levanta os braços, sorri e dispara: "eu sou de ninguém, eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também". No entanto, passado o efeito do uísque com energético e dos beijos descompromissados, os adeptos da geração "tribalista" se dirigem aos consultórios terapêuticos, ou alugam os ouvidos do amigo mais próximo e reclamam de solidão, ausência de interesse das pessoas, descaso e rejeição. A maioria não quer ser de ninguém, mas quer que alguém seja seu. Não dá, infelizmente, para ficar somente com a cereja do bolo, beijar de língua, namorar e não ser de ninguém. Para comer a cereja é preciso comer o bolo todo e nele, os ingredientes vão além do descompromisso, como: não receber o famoso telefonema no dia seguinte, não saber se está namorando mesmo depois de sair um mês com a mesma pessoa, não se importar se o outro estiver beijando outra, etc.Esses desconhecem a delícia de assistir a um filme debaixo das cobertas num dia chuvoso comendo pipoca com chocolate quente... Namorar é algo que vai muito além das cobranças. É cuidar do outro e ser cuidado por ele, é telefonar só para dizer bom dia, ter uma boa companhia para ir ao cinema de mãos dadas, ter alguém para fazer e receber cafuné, um colo para chorar, uma mão para enxugar lágrimas, enfim, é ter "alguém para amar".. Somos livres para optarmos! E ser livre não é beijar na boca e não ser de ninguém. É ter coragem, ser autêntico e se permitir viver um sentimento."
(Infelismente desconheço autor.)

Como o próprio texto diz “reclamam de solidão, da ausência de interesse das pessoas, descaso e rejeição”. Esses somos nós.
Realmente não da pra ficar mesmo só com a cereja do bolo.
Mas será que não fomos nós mesmos que criamos isso?
Afinal de contas, falamos que as pessoas não querem compromisso, reclamamos da ausência, da falta do telefonema no dia seguinte, mas e nós o que fazemos?
Nós não queremos nos comprometer com ninguém, não queremos nos comprometer principalmente com os sentimentos de ninguém.
Estamos nos tornando cada vez mais solitários, porque só queremos curtir, e quando mudamos de idéia, resolvemos querer alguém com seriedade, a culpa é dos outros, que não querem nada com nada.
O que aconteceu que não acreditamos mais em sentimento?
Muitos vão me chamar de brega, de antiquada, piegas, vai ver eu sou mesmo uma mulher a moda antiga. Ah, sou daquelas que adoram valsa, tango, homens cavalheiros, flores, romantismo, pedido de namoro, cartas de amor, bilhetes apaixonados, demonstrações públicas de afeto, chocolate, cinema, luz de velas, passear de mãos dadas, transar por amor, dormir abraçado, cheirinho no pescoço. Gosto que me abram a porta do carro, que puxem a cadeira pra eu sentar, que levem café na cama de vez em quando, que digam que sou e que estou bonita, que telefonem no dia seguinte, gosto de ver a lua cheia no mar fazendo planos.
Gosto que se importem comigo, que me liguem pra perguntar como está sendo meu dia, se minha dor de cabeça passou, que a me façam sentir especial.
Acredito em casamentos com cumplicidade, fidelidade, respeito e companheirismo. Admiro bodas de prata, bodas de ouro, amor incondicional, coisas raras nos tempos de hoje em que as pessoas têm fome de afeto, de carinho, de atenção, de respeito, amor, cumplicidade, fidelidade.
Claro, nem tudo é um mar de rosas. Às vezes aparece uma pontinha de ciume, TPM, brigas, aquele dia que foi horrível no escritório, que o chefe acordou com o pé esquerdo e resolveu que descontaria tudo em você, a promoção que não saiu, o carro que furou o pneu no caminho pro trabalho. Então nessa hora, exatamente nessa hora, a pessoa que está ao seu lado, que te conhece, que tem um sentimento de verdade por você, vai entender, ela vai ficar chateada, com toda razão, porque não merecia que você descontasse nela as suas frustrações e inseguranças, mas ela vai entender. Talvez não no mesmo instante, mas depois vai voltar te dar aquele abraço, enxugar uma lágrima ou duas e dizer que continua ali para o que você precisar, vai te escutar, te encher de carinho. Ah, isso é “uma” das maiores riquezas que a gente pode oferecer e receber.
Sim, sou mesmo mulher, amante à moda antiga, prefiro me comprometer com os sentimentos, mesmo sabendo que eu posso me machucar, simplesmente por acreditar que algumas coisas ainda têm seu valor.



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